Depois de um Natal magro, o comércio especializado na venda de produtos para refrescar lucra com o clima quente e pouca chuva
postado em 01/01/2015 00:12 / atualizado em 01/01/2015 07:35
Enfrentando o calor da tarde, a dona de casa Maria de Fátima Santos foi ao Centro de Belo Horizonte em busca de ventiladores para refrescar as noites da família. Com as mãos segurando três grandes pacotes, um ar suado mas satisfeito, ela espera dormir melhor depois da compra. “Já temos três ventiladores em casa, mas eles não estão sendo suficientes, somos seis pessoas.” Depois de pesquisar preços, Maria de Fátima comprou outros três aparelhos. Pagou R$ 99 em cada, que serão quitados no crediário. “É só o tempo esquentar que produtos como ventiladores e climatizadores não param no estoque. A demanda cresce muito”, observa Wylmer Garcia, gerente de uma loja na Rua Curitiba, Região Central de BH.
DELÍCIA NA CASQUINHA Gelado, na taça, na casquinha ou no pote para levar para casa, a arma da bancária Isabela Guimarães e do comerciante Felipe Costa para enfrentar o clima quente é o sorvete. Os noivos consideram que Belo Horizonte tem muitas opções de sorveterias e comentam que o lazer é acessível ao bolso. Três vezes por semana, o sorvete entrou para o cardápio do casal, que gasta, em média, R$ 40 a cada vez. “Tomamos na rua, na sorveteria e também em casa. Tem feito muito calor”, diz Felipe.
Nos últimos dez anos, o consumo de sorvete pelo brasileiro cresceu 61%, e hoje a média é de 6,1 litros por habitante ao ano. “Ainda temos poucas sorveterias na cidade e o consumo dos brasileiros em comparação à Europa, por exemplo, ainda é muito pequeno. Temos um mercado muito fértil a trabalhar”, aposta Andréa. Desde 1991 fabricando sorvetes e picolés, a mineira Nevada é outra indústria que aposta na demanda firme dos gelados. Segundo o diretor Runivam Welington, a demanda chega a dobrar entre novembro e fevereiro. A Nevada está agora investindo em novas instalações e se prepara para ter sede própria em 2015.
Com 60 pontos de vendas em Minas Gerais, Glayson Cruz, gerente de operações em Belo Horizonte e região metropolitana da Rede Bob’s, explica que o peso de sorvetes e milkshakes no faturamento da empresa salta de 30% para 45% entre dezembro e março. “Um de nossos carros-chefes no verão é o milkshake de Ovomaltine”, revela Cruz.
Jornal: Estado de Minas
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/01/01/internas_economia,603940/altas-temperaturas-aquecem-o-varejo.shtml
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